Nas vésperas do feriado de 7 de Setembro, a Adriana e eu decidimos ir acampar de supetão. Não havíamos planejado nada, mas achamos por bem não perder um feriado ficando dentro de casa. Afinal, já são vários meses que estamos passando praticamente o tempo todo trancafiados por causa dessa pandemia. Então, decidimos que era hora de nos isolarmos em outro lugar e uma barraca nos pareceu o lugar ideal para isso.
Continue reading “Acampando com a Eva”Tag: Royal Enfield
Mais um causo da Eva.
Quando eu estava voltando do Peru, eu estava passando pelo Mato Grosso do Sul quando uma grande tempestade se formava à minha direita.
Eu fiquei olhando para as nuvens e não atentei muito para a estrada. Estava de pé na moto para tentar filmar os raios que caiam ao longe.
Fugi da quarentena. Fui com a Eva por terra até Maria da Fé.
Foram mais ou menos 60 km de terra e uns 15 de asfalto, evitando contato com outras pessoas.
Outro causo da Eva. Numa dessas sextas-feiras se quarentena, eu resolvi dar uma escapada e ir visitar uma plantação de mandioca.
Fiquei lá até o sol se por e voltei para a casa já escurecendo.
Entro na primeira rua da cidade e estava distraído quando eu vi uma cobra no meio da rua.
Desviei para a esquerda, para não atropelá-la, e quando estava do lado dela, a cobra deu um bote que pegou no escapamento da moto. Quase pegou no meu pé. Dá uma olhada na marca que ficou na proteção do escapamento!
Quem me conhece sabe que eu gosto demais de andar de moto na terra, mesmo não tenho muita habilidade para isso. Também acho motos grandes desengonçadas para isso.
Então resolvi comprar uma Royal Enfield Himalayan, carinhosamente chamada de Eva, para poder pegar a minha terrinha mais sossegado e passei a ir com ela para qualquer canto.
Certa vez eu estava num posto de gasolina e um senhor com mais de 70 anos passava na rua próximo da bomba onde eu estava abastecendo. Ele viu a moto, fez uma cara estranha (provavelmente achou a moto linda) e então fez uma baita expressão de espanto. Ele veio apressado falar comigo:
– Essa é uma Royal Enfield?
– Sim senhor – respondi.
– Que coisa… Que ano ela é?
– É 2019, modelo 2020. É nova, tenho ela há uns 4 meses.
– Que coisa… Eu nem sabia que ela ainda existia! Estou te perguntando essas coisas, porque meu pai tinha uma Royal Enfield, lá na época do Juscelino. Eu andava na garupa dele direto. Quando vi essa marca na sua moto, nem acreditei. Tive uma onda de nostalgia agora! Quantas lembranças! Que coisa…
E ele se foi com as memórias despertadas pela Eva.
Momentos assim são muito marcantes. Talvez eu não teria essa experiência se tivesse uma XRE ou Lander…