Por Geliane Gonzaga
Sábado de manhã, dia ensolarado, eu (de Himalayan) e meu irmão (de Tiger) saímos de Franca/SP para percorrer 800km até Curitiba. Saímos via Anhanguera até o rodoanel sul para acessar BR-116. A hima se comportou de maneira perfeita com média de 24 a 28km por litro. Sempre a uma velocidade de cruzeiro de 100/110km fomos direto, só parando pra reabastecer. A BR-116 pra mim era novidade. Linda estrada com imagens deslumbrantes que fez a distância se tornar um prazer. Sem nenhum imprevisto as 17h chegamos em Curitiba e fomos direto ao hotel.

Acordamos as 7h pra continuar a viagem, e deu uma certa preguiça devido ao frio! Mas depois de um café top e uma lubrificada na corrente, saímos em direção a Colombo/PR, início da Serra do Rastro da Serpente. Confesso que fiquei impressionado com a região. Cidades pequenas no meio da serra, muitas pequenas comunidades aqui e ali encravadas na linda serra e vegetação imponente fizeram parte do nosso trajeto inicial. E claro, não vou ficar repetindo, curvas e mais curvas. Pra todo tipo de gosto, direita e esquerda em S simples, duplo, triplo e por aí vai. Asfalto perfeito! Logo apareceu uma placa que chama atenção. “Próximos 102km estrada sem acostamento”.

A serra é linda do ponto de vista natural e mais linda ainda no contexto humano, pessoas simples, casas de madeira humildes, não se vê miséria mas comunidades tipo agrovilas, simples mas decentes com dignidade. O lado ruim é que não tem lugares pra tirar foto, pois de um lado barranco, de outro “abismo” e no meio uma rodovia bem cuidada, pista simples e sem acostamento. De carro, um pneu furado será realmente um problema pois é raro o lugar onde se enxerga 100m à frente, de tanta curva. Não é um lugar pra ser “moleque”. É necessário ter maturidade e juízo ou a viagem vai acabar mal. É lugar de curtir, com raríssimos trechos a 80km/h.

Chegamos a uma cidade chamada Tunas do Paraná ou tipo assim, confesso que o nome me fugiu. Uma cidade diferente encravada no meio da serra, muito interessante. Mais à frente, já na divisa estadual temos Adrianópolis/PR e Ribeira/SP, que são separadas por um rio. Ambas as cidades encravadas na serra, deu muita vontade de dormir lá. Tiramos algumas fotos e continuamos agora em SP, na mesma característica de estrada, até Apiaí onde a cidade é bem interessante. Tem um ponto de parada temático, muito legal. Em frente tem um parque com equipamentos desativados de mineração de ouro. Vale a pena conhecer após comprar umas lembrancinhas e atravessar a rua. De Apiaí até Capão Bonito continua o roteiro: curva, curva e mais curva! Chegamos em Capão Bonito e fomos direto ao hotel. Após dar entrada, fomos no Porthal do Rastro da Serpente. É um “point” icônico na região, mas sinceramente um quarteirão atrás um posto inaugurou uma nova lanchonete, chama-se Rota Café. Vale a pena comer um lanche ali, e assim terminou nosso dia.

Acordamos no domingo e voltamos pra casa via Piracicaba / São Carlos / Ribeirão Preto / Franca. Viagem de 460km tranquila, pista dupla sem novidades. Nesse exato momento estou aqui deitado no sofá escrevendo esse relato rsrs, com o corpo cansado mas a alma lavada e leve. Amanhã volto ao trabalho com outra cabeça, com certeza! Super recomendo essa viagem. Quanto à moto, sem nenhuma ocorrência, confiável e confortável. Também super-recomendo kkkk. Abraço a todos.

por Marcelo Amaral Tabone

Com pouco mais de 3 meses com a Interceptor Silver Spectre, no auge da pandemia de 2020, só crescia a vontade de fazer um passeio um pouco mais além do bate e volta costumeiro e, assim, comecei a planejar ida até Serra da Macaca. A moto tinha pouco mais de 1800Km. Sentei na frente do notebook e analisei as opções de percurso. Poderia ir “por cima” ou “pelo litoral” e conversando com amigos que já haviam completado esse trajeto com big trails, optei pelo litoral, principalmente pela paisagem / visual.

Assim, no dia 07 de Novembro de 2020, por volta das 07:30h, após rápido café, sai de São Bernardo do Campo/SP, e iniciei a descida da serra da Anchieta. Tinha tudo na cabeça e apenas tentaria aproveitar o máximo. Fui curtindo aquela manhã que prometia calor acima da média. Passei por Mongaguá, Itanhaém e parei para lanche, reabastecer e esticar um pouco as pernas, próximo de Peruíbe. Não lembro da hora, mas estava um calor insuportável e retirei a jaqueta para aliviar um pouco. Retomei estrada e segui na direção de Itariri, Miracatu e Juquiá.

Até Juquiá, a viagem transcorreu sem problemas, poucos carros, visual bonito, alterando entre bananeiras, morros, cheiro de mar. Enfim, tudo perfeito. A moto também esteve impecável durante todo o tempo, diga-se de passagem. Só o banco incomodava um pouco, mas nada que pequenas mudanças de posição e esticadas de vez em quando, não ajudassem a aliviar a dor. Quando cheguei em Juquiá, entrei no município para comprar água, e perguntei para moradores locais se valeria a pena ir até Registro ou se a estrada até Sete Barras era boa. Pelas respostas e levando em conta um bom trecho a mais que andaria, vamos direto a Sete Barras.

 

Foi penoso, o pior pedaço do trajeto! Muitos buracos, remendos mal feitos, asfalto soltando pedaços enormes. E pra piorar, um grande número de pessoas bêbadas que pareciam brotar dos acostamentos. Em vários momentos tive que frear bruscamente e andar a 30/40 km/h para desviar e não atropelar ninguém.

Finalmente cheguei em Sete Barras. Mais uma pausa para água, petisco, etc e verifiquei que faltava pouco para chegar na barreira do Parque Carlos Botelho. A adrenalina tomou conta, além da emoção. Parei na barreira policial e após anotarem dados, telefone, placa etc, orientaram a seguir “direto”, sem pausas longas nos diversos quiosques que tem no trajeto. ok. ok.

Bom, já faz quase um ano que estive lá, voltei mais 2 vezes, uma delas de carro, com minha filha, onde entramos no parque e fizemos as trilhas, e o que posso dizer: simplesmente imperdível, algo surreal em termos de beleza e visual, além das inúmeras chances de ver animais silvestres cruzando o caminho. Parei várias vezes apenas para “sentir” o local. Lindo demais. Eles construíram pontes suspensas para que os animais não sejam atropelados, e possam cruzar a estrada com mais segurança. Uma subida que em condições normais você leva uma hora e meia, digamos assim, levei quase três horas. Não queria ir embora!

Já fiz alguns outros passeios bacanas, mas até hoje, nada que supere tudo o que vi e vivi naquele dia. Recomendo fortemente! Com certeza voltarei outra vez. Grande abraço a todos.

 

Por Daniel Fernandes

Sobre a interceptor 650, é de longe a moto mais divertida que já tive, e a mais divertida que pilotei até hoje, neste meus 10 anos de motociclismo! Torque empolgante, responde muito rápido, torque fantástico, em ultrapassagens engarupado, na Rodovia Bandeirantes a moto chegou aos seus 140Km/h em um piscar de olhos, proporcionando segurança para ultrapassagens em um trecho que trafegavam muitos caminhões, alguns em alta velocidade.

Sobre viagens com ela, achei que pelos relatos do banco seria muito pior, porém me surpreendeu. O banco é bom? NÃO! Mas é melhor que o banco da Tenere hehe, minha antiga moto. Fiz trechos de 300Km bate e volta sem problemas. Não fiquei quebrado, começo a sentir a dor somente ao chegar em casa, mas nada insuportável, apenas um incômodo. Faço pausas para esticar o corpo e tomar uma água a cada 100/150Km. Para trechos acima desta quilometragem aconselho a ir para dormir no local, pois um passeio de 500Km pra cima vai judiar, principalmente a garupa. Alternativa é sair muito cedo e voltar bem tarde, porém vai sentir o cansaço do dia.

Posição de pilotagem estou achando muito boa. Minha antiga moto, a Tenere, me dava dor no pescoço, pela posição de pilotagem. Mesmo assim fiquei 5 dias na estrada, indo de SP até Luminárias, passando por São Thomé das Letras com ela. Essa dor não tenho sentido na Interceptor, mesmo fazendo mais “força” para “segurar a garupa” em descidas íngremes, ou passeios mais longos.

Ainda não fiz grandes viagens com a interceptor, como gostaria, mas as experiências tem sido muito boas e agradáveis. Geralmente faço tiros curtos de 200 a 300Km no dia, em rodovias movimentadas e rodovias menores como as do interior de SP, sentido Serra Negra.

No geral a Interceptor é excelente e recomendo a todos. Pilotagem e força são muito empolgantes, e a segurança que ela te passa é muito legal, recomendo demais a moto!

Fica aqui um relato de um proprietário de Royal Enfield que está muito satisfeito.

por José Maurício

Algumas fotos dessa viagem de 8400 km pela Argentina e Chile em 2018. Como gosto de estrada de montanha, meu objetivo principal era conhecer três “pasos” da cordilheira pelos quais eu ainda não havia passado nas viagens anteriores. “Pasos” são as passagens entre as montanhas, geralmente onde construíram as estradas e controles de fronteira entre os países.

O asfaltamento do “Paso de Jama” em 2003, que dá acesso a San Pedro de Atacama facilitou e incentivou mais viagens de aventura na região norte da Argentina e Chile. Mas ainda existem várias passagens de terra, em locais bem ermos, visitadas por quem aprecia bons desafios!

Para esta viagem, meus objetivos eram:
Paso de Sico: Ainda todo de terra e localizado um pouco mais ao sul do Paso de Jama (asfaltado), é a opção aventureira para quem vai ao Atacama. Passa por vários parques nacionais e atinge 4500m de altitude.
Paso de Pircas Negras: este tem muito rípio ainda e dos bravos, é uma rota histórica para os dois países. Atinge 4100m de altitude.
Paso de San Francisco: considerado por muitos viajantes como tendo as mais belas paisagens de todos os “Pasos”. A rota atinge 4700m de altitude e passa próxima de três vulcões gigantescos. Hoje está 100% asfaltado no Chile e Argentina, mas em 2018 o Chile era só terra, areia e pedra.

A Royal Enfield Bullet 500 se comportou bem durante toda a viagem, em especial nas grandes altitudes, onde ela foi realmente surpreendente perdendo pouquíssima potência no ar rarefeito. Um dos marcos desta viagem foi a passada por ABRA DEL ACAY, o ponto mais elevado da RUTA 40 na Argentina, com 4900m de altitude.

Enfim, uma viagem sensacional que recomendo a todos!

 

 

Iniciada em São Paulo pelo Carlão Azeitona em 2019, a Ação Social 3456 tem objetivo de reunir os participantes e apoiar instituições e entidades de assistência comunitária. O nome 3456 reflete as cilindradas dos modelos Royal Enfield (350, 411, 500 e 650).

O calendário planejado é de 4 eventos por ano. Desde seu início em 2019 já foram realizadas várias edições, levando alimentos e apoio para quem precisa!

Não fique fora da próxima! Participe, é super-fácil! Fique ligado na programação pelo instagram do Royal Riders SP, ou entre em contato com royalriderssp@gmail.com

No vídeo abaixo, Carlão explica tudo sobre a Ação Social 3456!