por Geliane Souza
Desde a viagem que fiz para o Rastro da Serpente (Curitiba – Capão Bonito), fiquei apaixonado pela região do Vale do Ribeira! Ali também se encontra uma outra serra muito bonita, a Serra da Macaca.
Em um domingo as 7:00h da manhã, com o tempo ajudando sem chuva e calor, arrumei as tralhas e fui conhecer a tão citada e comentada serra. Saindo de Franca/SP, passando por Ribeirão Preto, Limeira, Piracicaba fui com destino a cidade de São Miguel Arcanjo /SP.
Até Piracicaba ia feliz com o tempo bom, pois já havia adiado a viagem em 15 dias devido a “maldade” do clima, mas em Piracicaba a chuva mostrou a sua cara! Forte e fria, e já comecei a mudar meus planos. Meu pouso, que estava planejado para Registro/SP, na parte de baixo da serra, começou a ser modificado para pousar ali mesmo em São Miguel, na parte de cima. Mas de repente o tempo abriu e o sol se fez presente e forte, e assim os planos foram mantidos!
A região da Serra da Macaca compreende o Parque Ecológico Carlos Botelho, e a estrada SP-190 que atravessa o parque. O horário é restrito abrindo as 6h da manhã e fechando as 20h. Isso ocorre devido o grande trânsito de animais, e é feito para evitar acidentes.
É uma estrada que se pode dividir em dois momentos ou trechos: dentro e fora do parque! De São Miguel Arcanjo até a entrada do Parque Ecológico Carlos Botelho, há uma agradável visão da agricultura local, com muitos parreirais de uva e vinícolas artesanais familiares, inclusive com pousadas que são ligadas às vinícolas. Não se pode esquecer de indicar a parada do Bolinho da Rose, uma lanchonete bem montada com muitas lembrancinhas da região e um bom lanche. Quanto a estrada em si nesse trecho me fez lembrar o Rastro da Serpente, de pista simples e bastante curvas.
Já dentro do parque, a estrada não é mais coberta de asfalto, e sim um calçamento de bloquetes em perfeito estado, sem buraqueira ou solavancos, a velocidade indicada nas placas é de 40Km/h, mas anda-se um pouco mais que isso na prática. Há muitas belezas naturais pelo caminho. Diversos rios e cachoeiras a poucos metros da estrada, com quiosques e boa estrutura de turismo. Vale a pena uma parada em cada um dos rios e também nos mirantes.
Por falar em mirantes, parei em um que possui uma luneta, essas que tem em ponto turístico para se olhar a paisagem. Desse ponto em diante tive uma experiência de pilotagem que nunca tive. Há uma grande descida dali até a saída do parque. Imagino uns 10 a 12 Km apenas, mas não há muita inclinação. E essa distância toda desci com a moto desligada, apenas ouvindo os pneus no calçamento e um ou outro animal e curso d’água. Como a inclinação é leve, apenas dava uma cutucada no freio de vez em quando para manter a velocidade próxima de 50Km/h. Assim foi até a saída.
De lá fui para Sete Barras, e agora sim tem curvas e mais curvas, voltou a sensação do Rastro da Serpente. Depois pouso em Registro e retorno até minha cidade, Franca, via BR-116 Regis Bittencourt até o Rodoanel e depois pela Anhanguera. Na Segunda-Feira por volta das 17h já estava em casa com a alma e corpo lavado. A primeira pelo passeio muito bom, já o segundo pelo dilúvio que peguei na volta hehe.