No final do ano de 2019, depois de comprovar toda a sua vocação fora de estrada, resolvi levar a Himalayan pra um passeio rodoviário mais curto, Tiradentes/MG, a apenas 346km de distância de casa, é um destino perfeito pra um final de semana, e dessa vez aproveitei pra testar ela garupado, uma vez que na viagem anterior pras Chapadas fiz um voo solo. Na primeira vez que estive de moto em Tiradentes foi com uma 150cc que se comportou até muito bem na estrada mas sofreu com as estradas de pedras do centro histórico da cidade, no melhor estilo de decidir que era melhor estacionar e passear a pé, e a trail da Royal? Se sairia tão bem como na falta de caminhos da Bahia, Tocantins e Goiás?!

As primeiras impressões desse roteiro mais leve foram muito boas, por mais que tenha enfrentado um trecho de chuvas próximo a Barbacena, a Himalayan se mostrou confortavel e muito confiavel em todo o caminho, e na visão da garupa “Bastante confortável, ja que tenho o bumbum grande. Só na volta pro Rio que achei a posição correta das coxas pra não raspar nas malas laterais. Ai fiquei mais tranquila! Além de ser alto que favorece a visão, sem deitar em você ou lateralmente inclinada. O banco macio, não escorrega e mesmo estando calor me senti fresca”, que bom que nem precisei apelar pro “não reclamou porque deve gostar de mim hehe” Mas a motoca se mostrou na mão em todo o caminho, numa velocidade de cruzeiro de 90 a 100km/h.

Fundada em 1702 quando os paulistas descobriram ouro nas encostas da Serra de São José, Tiradentes ainda carrega sua história nas costas em igrejas barrocas suntuosas e ruas de paralelepípedo que desencaixam o andar, seja pelo aspecto histórico, arquitetônico ou até mesmo pelo ar de uma agradavél cidade pequena onde você pode curtir tudo a pé com a tranquilidade que não existe mais nos grande centros, é um passeio imperdivel, desde o concerto de órgão de tubo na Igreja Matriz de Santo Antônio ou o passeio na maria-fumaça até São João Del Rey.

O importante é tirar a motoca da garagem desbravando todos os locais possíveis, sem pressa, aproveitando o caminho, colecionando sorrisos e histórias pra contar.