O Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon, foi um militar, naturalista, indigenista, “Patrono das Comunicações”, responsável por demarcar os limites internacionais das fronteiras a Oeste, importante na implantação de uma política nacional indigenista além de ter sido o idealizador do que hoje é o “Parque Nacional do Xingu”. Nascido em Mimoso, Distrito do Município de Santo Antônio de Leverger/MT, quase no limite com Barão de Melgaço/MT, em meio ao Pantanal Matogrossense em 1865.
Construído em sua homenagem, no Distrito de Mimoso (123 km de Cuiabá), em Santo Antônio de Leverger (32 km de Cuiabá), o espaço abriga a exposição Paisagens de Rondon, projeto do fotógrafo Mario Friedlander. Idealizado em 2005 pelos arquitetos José Afonso Portocarrero e Paulo Molina, este Memorial que hoje encontra-se abandonado em plena planície inundável do pantanal, dentro da Baía de Chacororé. A estrutura foi construída sobre uma palafita (usada para edificações em meio a alagados) com telhado com brises 100% de metal que remetem à ideia de ocas indígenas.
Friedlander percorreu mais de 25 mil km entre Rondônia, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, viajando de carro, barco, avião e a pé, para recriar em fotografias alguns dos lugares por onde Rondon passou. Nesta mostra, além de imagens de sua autoria, revela ainda um importante arcabouço de registros iconográficos deixados pelo marechal na passagem por estes mesmos lugares.
Vários aspectos são enfocados por Mario Friedlander, que se ampara em uma importante pesquisa documental realizada por uma equipe multidisciplinar, sob orientação do historiador João Antônio Lucídio. Toda a releitura das ações de Rondon é baseada em fotos e relatórios sob a guarda pelo Museu do Índio (RJ), do importante acervo do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso (IHGMT), além de contar com acervos privados.
Veja a entrevista que fiz com três adoráveis senhoras de Mimoso (6m31s):